sexta-feira, 17 de abril de 2009

Brincar na Água em Segurança


Brincar na água em Segurança



O afogamento na criança, ou acidente por submersão, é um acontecimento trágico, rápido e silencioso, que pode ocorrer em muito pouca água.


Ocorre em ambientes familiares como a banheira, tanque de roupa ou rega, poço, fossa, piscina, lago de jardim, rio, praia ou mesmo baldes e alguidares.


Esteja preparado para evitar o acidente. Deixe as crianças brincar na água, em segurança. Leia atentamente as recomendações que se seguem:



Vigie activamente e em permanência as crianças na água


- Não espere ouvir barulho. Uma criança não esbraceja nem grita quando cai à água: afoga-se em silêncio absoluto.

- Se houver água por perto, não perca as crianças de vista nem por um segundo;


- Durante o banho, nunca deixe uma criança com menos de 3 anos sozinha na banheira; não atenda o telefone nem a porta. Despeje a água da banheira imediatamente após a utilização;


- Esvazie baldes e alguidares, logo após a utilização.


- O álcool pode interferir com o seu estado de vigília e com a sua capacidade de nadar. Se está a vigiar crianças, mantenha-se sóbrio.


- Escolha praias e piscinas vigiadas


- Localize o nadador salvador e informe-se sobre as precauções que deve tomar. Cumpra a sinalização.



Vedações


-A existência de uma boa vedação diminui para metade o número de acidentes por submersão nas piscinas.

- Vede a sua piscina, tanque de rega ou o lago do jardim. Cubra adequadamente os poços e as fossas. É importante dificultar o acesso das crianças pequenas à água através de barreiras físicas.


- Para ser eficaz, a vedação não deve permitir a passagem de uma criança por cima, por baixo ou através dela


- Há outras barreiras físicas tais como o abrigo e a cobertura rígida, electrónica ou manual, mas deverá assegurar-se de que estão sempre fechadas quando não está nenhum adulto a utilizar a piscina. As coberturas maleáveis não são indicadas para evitar o afogamento uma vez que facilmente acumulam água, ou poderão permitir que uma criança escorregue por baixo delas;


- A colocação de um alarme, mesmo com vedação, pode ser um bom auxiliar da vigilância, no caso da criança conseguir transpor as barreiras físicas. Não se esqueça de verificar regularmente o seu bom funcionamento.



Utilize auxiliares de flutuação


- Os coletes de salvação e as braçadeiras facilitam a flutuação, mas não substituem nunca a vigilância activa do adulto. Estima-se que 85% dos afogamentos em acidentes com barcos poderiam ter sido evitados se a vítima utilizasse colete de salvação.

- Em águas agitadas, turvas ou profundas, quando andar de barco ou praticar desportos náuticos, coloque sempre à criança um colete de salvação adequado ao seu peso e tamanho. Este colete deve obedecer às normas de segurança europeias e não pode ser insuflável.


- Coloque sempre braçadeiras bem ajustadas, em águas paradas, transparentes e pouco profundas.


- As bóias e colchões insufláveis são perigosos e não devem ser usados por crianças. Viram-se facilmente ou podem ser arrastados pelo vento.



Ensine as crianças a nadar


- As aulas de natação melhoram a competência da criança na água, embora não se deva confiar nas suas capacidades para se salvar antes dos seis ou sete anos. Lembre-se também que saber nadar de fato de banho não é o mesmo que cair à água vestido e com sapatos.


Em Férias


- Em férias, redobre a vigilância. O primeiro dia de férias e o final da tarde são as alturas em que acontecem mais afogamentos.

- Informe-se previamente na sua agência de viagens sobre as condições de segurança na água no seu destino de férias.


- Quando chegar, e antes de desfazer as malas, inspeccione o local onde vai viver nos próximos tempos, verificando o acesso a piscinas, lagos, tranques, poços, rios ou mar.


- Localize o telefone que vai utilizar e coloque o número de emergência e a morada de férias em local visível.


- Utilize embarcações aquáticas em segurança


- Respeite e faça respeitar as zonas de banhistas. Jovens com menos de 16 anos não devem conduzir embarcações pessoais como motos de água ou outras. Lembre-se que o colete de salvação deve ser sempre utilizado.



Ensine à criança comportamentos seguros na água:


- Nunca nadar sozinha;

- Nadar paralelamente à margem;


- Nunca mergulhar de cabeça sem saber bem qual a profundidade da água ou se existem rochas ou desníveis no fundo; não mergulhar em pontões;


- Nunca atrapalhar outras crianças com brincadeiras perigosas (submersão da cabeça, empurrões para a água...).



A sua atitude pode salvar a vida de uma criança. Prepara-se. Se ocorrer um acidente por submersão e a criança parar de respirar, saiba como agir:


- Tenha um telefone portátil à mão ou localize previamente o telefone mais próximo;


- Se possível, alerte o nadador salvador;


- Chame o 112 e dê indicações precisas sobre o local onde se encontra;


- Se souber, inicie a reanimação cardio-respiratória e mantenha-a até à chegada da ambulância.


- Em caso de paragem cardio-respiratória devido a um acidente por submersão, o início imediato da reanimação cardio-respiratória é fundamental. Tire um curso de socorrismo.



A sobrevivência e a qualidade de vida dependem do estado da criança nos primeiros 10 minutos. As sequelas podem ficar para toda a vida e dependem do estado da criança ao chegar ao hospital.



Esteja preparado. Você pode salvar uma vida.



Fonte: Associação para a Promoção da Segurança Infantil

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